1. Apresentação
O ensino de engenharia nos dias atuais possui alguns paradigmas que o diferencia nitidamente das práticas de ensino adotadas em outras épocas da história. O constante desenvolvimento tecnológico, as mudanças no mercado de trabalho e o impacto das tecnologias da informação e comunicação são apenas alguns dos aspectos que impõem a adoção de uma nova dinâmica ao ensino de engenharia. Fazem parte dos paradigmas citados a necessidade do fomento à interdisciplinaridade, a adoção de uma forte relação teoria-prática, o entendimento da pesquisa como um elemento educativo, a problematização e a contextualização do ensino, uma efetiva integração com o mercado de trabalho, a necessidade de desenvolvimento de habilidades para o trabalho em equipe, além do estímulo à capacidade de trabalho de forma autônoma e empreendedora. A implementação deste conjunto de paradigmas, por sua vez, exige a adoção de uma estrutura curricular flexível, baseada, entre outros, no oferecimento de disciplinas eletivas e na prática de atividades complementares. Entende-se que todos estes paradigmas sejam contemplados no PPC ora proposto, o qual apresenta o oferecimento de disciplinas integradoras de conteúdos e matérias como um dos elementos de fomento à implementação efetiva de diversos dos itens assinalados. O curso pretendido baseia-se em uma formação generalista do seu corpo discente, englobando de maneira equilibrada as principais áreas do IFSul afins com a Engenharia Elétrica: Controle e Automação, Eletrônica, Eletrotécnica e Telecomunicações. Não obstante desta sólida formação básica, os alunos terão a oportunidade, em função de seu perfil individual, de efetuar a composição de um significativo conjunto de disciplinas eletivas, observada a necessária coerência dos assuntos nelas abordados. Por fim, enfatiza-se o objetivo de oferecimento de um curso de engenharia tendo por base um ensino de excelência, gratuito e de total transparência para a comunidade na qual estará inserido.

2. Dados de Identificação

Mantenedora:Governo Federal

Mantida: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense, IFSul. Denominação do Curso Curso: Engenharia.

Habilitação: Engenharia Elétrica.

Título: Engenheiro Eletricista.

Coordenação
A Coordenação será composta pelo Coordenador Pedagógico, pelo Coordenador de Área Física e Material e pelo Colegiado do Curso, todos eleitos por seus pares e com as atribuições estabelecidas em regulamento específico.
Carga Horária
A composição da carga horária do Curso encontra-se indicada na Tabela 1.

Conteúdo

Carga Horária Total (h)

Ciclo básico

1.203

Ciclo profissionalizante

957

Ciclo específico

1.470

SUB-TOTAL

3.630

Atividades Complementares

160

Estágio Supervisionado

160

Projeto de Fim de Curso

180

Projetos de Integração de Conteúdos

180

TOTAL

4.310

Tempo de Integralização

Para o caso de ingresso através de concurso vestibular, sem aproveitamento de créditos cursados em outro curso, os prazos previstos são:
Mínimo: 05 anos,
Máximo: 12 anos.
Para outras formas de ingresso os prazos serão determinados através de regulamentação específica.

Turno de Oferta

Noturno.

Local de Funcionamento

IFSul – Campus Pelotas
Praça Vinte de Setembro, nº 455 – Centro – Pelotas, RS – CEP: 96.015-360.

Regime do Curso

Ingresso semestral.
Funcionamento semestral, com cada crédito correspondendo a 20 horas-aula, computadas igualmente para aulas teóricas e práticas.

Regime de Matrícula

A matrícula dar-se-á por disciplina, obedecendo aos pré-requisitos estabelecidos na estrutura curricular.

Número de Vagas

60 vagas por semestre.

Condições de Ingresso

Através de Concurso Vestibular e SISU. Além destas, a Organização Didática do IFSul prevê a possibilidade de ingresso por transferência externa, portador de diploma de ensino superior e reopção de curso. Estas últimas formas de ingresso dependem da aprovação do Colegiado de Curso e são transparentes à comunidade através de editais específicos.

3. Justificativa da Necessidade Social do Curso

O Seminário Internacional Universidade XXI – Novos Caminhos para a Educação Superior: o Futuro em Debate [1], realizado em Brasília em novembro de 2003, promoveu amplo debate sobre o panorama da educação superior no mundo contemporâneo. Dentre as principais conclusões deste Seminário, destaca-se a que indica como uma das “características da atual crise do ensino superior a sua incapacidade de enfrentar os desafios e dar respostas adequadas às necessidades sociais de um mundo globalizado que não é solidário na produção, distribuição e utilização democrática do conhecimento”. Existe consenso nas declarações documentais de que os investimentos em educação, ciência e tecnologia são necessários para assegurar a soberania nacional, para a qual é imprescindível o ensino superior. Nos debates, foram reiteradamente assinalados que os problemas mais graves do ensino superior dizem respeito à insuficiência de oportunidades educacionais em vários países. No Brasil, o nível de atendimento a jovens na faixa etária de 18 a 24 anos é um dos mais baixos da América Latina. A expansão da educação superior é hoje um dos setores relevantes para o crescimento da economia brasileira nas próximas décadas. Neste sentido é necessário enfrentar principalmente os problemas da desigualdade das oportunidades de acesso e da qualidade do ensino. A ampliação do acesso à educação superior de qualidade deve ser prioridade para o processo de desenvolvimento nacional e melhoria da qualidade de vida da população.
O IFSul, como instituição de ensino superior, pública, gratuita e de qualidade, com seus Cursos de Engenharia, visa contribuir na ampliação de oportunidade de acesso ao ensino superior. Os valores democráticos permanecem como princípios fundamentais à educação, à produção de conhecimento, à ética, aos valores humanos, à cidadania e à luta contra a exclusão social.

O Curso no Contexto Local/Regional/Nacional/Internacional

A região compreendida pela metade sul do RS, onde está inserido o Município de Pelotas, vem enfrentando uma grave crise econômica como resultado dos atuais cenários sócio-econômicos, nacional e internacional. Baseada fortemente no setor primário (agropecuária), esta região caracteriza-se por possuir uma reduzida diversificação em sua cadeia produtiva. Apesar dos diversos esforços envidados por diversos setores da sociedade, entre públicos e privados, os atuais indicadores econômicos ainda registram um grande distanciamento da almejada solução.
Entende-se que o oferecimento de cursos de graduação com forte embasamento científico-tecnológico, tal como a Engenharia Elétrica, pode ser um elemento importante na diversificação dos setores econômicos da região. Este fato é reforçado pela expectativa de instalação e manutenção de empresas de base tecnológica na Metade Sul do RS.
Os cursos de engenharia em área correlata à elétrica oferecidos na Região de Pelotas são bastante restritos, existindo apenas aqueles oferecidos pela UFPel, Engenharia Agrícola, pela UCPel, Engenharia Elétrica, e, distante de cerca de 60 Km, pela FURG, em Rio Grande, o Curso de Engenharia de Computação.
Apesar de já existir um curso de Engenharia Elétrica em Pelotas (UCPel), as elevadas mensalidades praticadas pelas instituições privadas impossibilitam o acesso de grande parte da população interessada em um curso como o citado, dadas as restrições financeiras a que está sujeita. Assim, o IFSul cumpre uma importante função social através do aumento na oferta de Cursos de Engenharia em Instituições Públicas na Metade Sul do RS. Além disto, é de consenso da comunidade interna do IFSul que qualquer curso de engenharia a ser oferecido por esta irá possuir elementos diferenciadores de outros que porventura já existam na região.

A busca da integração do curso de Engenharia Elétrica do IFSul, nos níveis nacional e internacional, continuará na linha já percorrida pelo ensino superior e a pesquisa da área de engenharia, onde o IFSul mantém convênios de intercâmbio de alunos de graduação e outras formas de cooperação com as Universidades Tecnológicas de Compiègne, Troyes e Bélfort-Montbéliard, na França, a Universidade do Trabalho do Uruguai, a Universidade Tecnológica Metropolitana do Chile, a Universidade do Chile, e a Universidade Autônoma do Estado de Hidalgo, no México. Existem ainda projetos de pesquisa em andamento com o Instituto Politécnico de Milão, Itália, bem como com as empresas HydroQuèbec, Canadá, AES Tietê, São Paulo, Petrobrás/Transpetro, AES Uruguaiana e CEEE, no Estado do Rio Grande do Sul. Também há participação em projetos da Agência Brasileira de Cooperação internacional. Note-se que o IFSul mantém muitas outras atividades equivalentes às citadas e que os exemplos selecionados se limitaram às atividades do ramo da engenharia elétrica, e que contam, portanto, com uma grande potencialidade de serem estendidas também ao curso de engenharia elétrica.

4. Condições Favoráveis à Criação do Curso de Engenharia Elétrica no IFSul

O IFSul oferece um conjunto de condições altamente favorável ao oferecimento de cursos de graduação na área de engenharia. O compromisso da Direção Geral do IFSul na implementação destes cursos tem sido corroborado com uma série de medidas propícias, tais como a melhoria da estrutura administrativa, o investimento na manutenção e criação de novos laboratórios, o favorecimento à contínua capacitação do seu corpo docente, o incentivo às atividades de pesquisa e de extensão, além da implementação de parcerias nacionais e internacionais através de diversos convênios firmados com outras Instituições. As condições mencionadas, em adição à experiência adquirida pelo IFSul na condução dos cursos de tecnologia, entre os quais destacamos os cursos de Telecomunicações e Automação Industrial, em áreas afins, permitem a elaboração de um curso de graduação na área da engenharia elétrica, como o proposto.

Aspectos Legais

Do ponto de vista legal, o primeiro marco decisivo foi o Decreto 5.224/2004, o qual organizava os Centros Federais de Educação Tecnológica, onde do ponto de vista da educação profissional os CEFET passam a poder atuar com autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar, em todos os níveis da educação tecnológica, inclusive dedicando-se à pesquisa aplicada, prestação de serviços e licenciatura. A seguir, o Decreto 5.225/2004 dispõe sobre a organização do ensino superior e a avaliação de cursos e instituições, transformando os CEFET em faculdades de tecnologia, com autonomia para criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior voltados à área tecnológica e para remanejar ou ampliar vagas nos cursos existentes nessa área (Art. 2 §1). Por sua vez, o Decreto 5.773/2006, que revoga e substitui o anterior, dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino. Este decreto enfatiza que: “Os CEFET são instituições de ensino superior pluricurriculares, especializados na oferta de educação tecnológica nos diferentes níveis e modalidades de ensino, caracterizando-se pela atuação prioritária na área tecnológica” (Art. 77). Entende-se que o ensino de engenharia esteja contemplado neste texto, garantindo ao IFSul o oferecimento de cursos de graduação em engenharia.

Recursos Humanos

O IFSul vem investindo de forma decisiva na capacitação do seu corpo docente. Atualmente existem vários docentes que já possuem curso de especialização, mestrado e doutorado concluídos nas áreas do curso proposto, além dos que ainda estão envolvidos neste processo. O corpo docente do Curso de Engenharia Elétrica do IFSul será composto por professores habilitados, preferencialmente entre mestres e doutores. Destes, destacam-se os professores que já ministram disciplinas no Curso, conforme a Tabela 2.
Tabela 2. Professores comprometidos com o Curso

Nome

Formação

Titulação

Regime de Trabalho

Adão Antônio de Souza Júnior

Engenheiro

Doutor

DE

Anderson da Silva Martins

Engenheiro

Mestrando

DE

Adilson Melcheque Tavares

Engenheiro

Doutor

DE

Aires Carpinter Moreira

Licenciado

Doutor

DE

André Arthur Perleberg Lerm

Engenheiro

Doutor

DE

André Pinto Geraldo

Bacharel

Doutorando

DE

Aurencio Sanczak Farias

Engenheiro

Doutor

DE

Carlos Mendes Richter

Engenheiro

Doutor

DE

Cláudio Luis D’Elia Machado

Engenheiro

Doutor

DE

Dágnon da Silva Ribeiro

Engenheiro

Doutor

DE

Davi Eugênio Taira Inácio Ferreira

Licenciado

Doutor

DE

Diego Rodrigues Pereira

Bacharel

Mestre

DE

Eduardo Costa da Motta

Engenheiro

Doutorando

DE

Gilmar de Oliveira Gomes

Licenciado

Doutor

DE

Gláucius Décio Duarte

Engenheiro

Doutor

DE

Guilherme Costa da Motta

Bacharel

Mestre

DE

Jair Vignolle da Silva

Licenciado

Mestre

DE

José Ubirajara Nuñez de Nunes

Engenheiro

Doutorando

DE

Júlio César Mesquita Ruzicki

Engenheiro

Mestre

DE

Lisiane Ramirez Menezes

Licenciada

Doutora

DE

Luciano Ludwig Löder

Engenheiro

Mestre

DE

Márcia Fröelich

Licenciada

Mestre

DE

Maria da Graça Peraça

Licenciada

Mestre

DE

Marcel Souza Mattos

Engenheiro

Mestre

DE

Maria da Graça Teixeira Peraça

Licenciada

Mestre

DE

Mauro André Barbosa Cunha

Engenheiro

Doutor

DE

Marcio Bender Machado

Tecnólogo

Doutor

DE

Milena Machado da Luz João

Engenheira

Mestre

DE

Milton Britto de Almeida

Licenciado

Mestre

DE

Odair Antônio Noskoski

Licenciado

Doutor

DE

Paula Irigon Salaberry

Arquiteta

Doutora

DE

Paulo Eduardo Mascarenhas Ugoski

Engenheiro

Especialista

DE

Rafael Montoito Teixeira

Licenciado

Mestre

DE

Régis da Silva Pereira

Engenheiro

Doutorando

DE

Roberto Tomedi Sacco

Engenheiro

Mestrando

DE

Rogério Coelho Guimarães

Engenheiro

Mestre

DE

Sérgio Luiz Schubert Severo

Engenheiro

Doutor

DE

Silvana Letícia Pires Iahnke

Licenciada

Doutora

DE

Uilson Schwantz Sias

Licenciado

Pós-Doutorado

DE

       

Recursos Materiais e Físicos

O IFSul possui uma infra-estrutura adequada para o desenvolvimento das atividades de um curso em engenharia como o indicado. Tais recursos encontram-se alocados em diversos setores do Campus Pelotas. Além dos laboratórios gerenciados pelo próprio Curso de Engenharia Elétrica, existem outros como aqueles dos setores de Eletrônica, Eletromecânica, Eletrotécnica, Física e de Telecomunicações. Indica-se no que segue uma descrição dos principais recursos materiais e físicos disponibilizados para este fim.
Salas de Aula
Além de áreas para outras finalidades, o Campus Pelotas do IFSul conta com aproximadamente 3.357 m2 em salas de aula, 1.000 m2 em auditórios e miniauditórios, 9.757 m2 em oficinas e laboratórios e biblioteca, 742 m2. Considerando que a legislação prevê a “utilização compartilhada dos laboratórios e dos recursos humanos pelos diferentes níveis e modalidades de ensino” (DL 5224), esta estrutura está à disposição do Curso de Engenharia Elétrica, conforme planejamento dos órgãos competentes.
Laboratórios
Uma breve descrição dos laboratórios do IFSul a serem utilizados pelo Curso é apresentada na Tabela 3. Tais laboratórios têm por função atender as diversas disciplinas previstas na estrutura curricular da EE.

Tabela 3. Laboratórios para uso da EE

Laboratório

Área (m2)

Equipamentos instalados

Laboratórios específicos da Eng Elétrica

Laboratório de
Antenas, Microondas e Eletrônica de RF
(Eng. Elétrica)

54,6

8 bancadas, cada uma com analisador vetorial, gerador de RF e fonte de alimentação.

Laboratório de
Sistemas Digitais
(Eng. Elétrica)

42,2

8 bancadas, cada uma com analisador de protocolo e gerador de padrões.

Laboratório de Circuitos Microprocessados
(Eng. Elétrica)

24,8

7 bancadas, cada uma com kit para microprocessadores, PowerPC e Arm.

Laboratório de Automação e Instrumentação Industrial e Predial
(Eng. Elétrica)

42,2

4 instalações diversificadas de automação e instrumentação.

Laboratório de Controle
(Eng. Elétrica)

24,8

7 bancadas, cada uma com placa de aquisição e controle, fonte de alimentação, osciloscópio e kits didáticos de plantas a serem controladas.

Laboratório de Prototipação e Eletrônica Avançada
(Eng. Elétrica)

24,8

7 bancadas, cada uma com equipamento de solda, computador para desenho de circuito impresso.
1 prototipadora de circuito impresso.

Laboratório de Circuitos, Eletrônica e Instrumentação
(Eng. Elétrica)

42,2

8 bancadas, cada uma com osciloscópio, multímetro de precisão de bancada, sensores, atuadores, gerador de sinal e fonte de alimentação.

Laboratório de Desenvolvimento de Sistemas de Energia
(Eng. Elétrica)

54,6

2 módulos de máquinas elétricas, cada um composto por um motor de indução com controle vetorial acoplado a um gerador síncrono. Sensores de torque e de velocidade, com sistema digital de aquisição de dados.

Laboratório de Acionamentos Elétricos
(Eng. Elétrica)

54,6

3 módulos de máquinas elétricas, compostos por: máquinas CC, síncronas e de indução, instrumentação diversa. Computadores com placas de aquisição de dados. Módulos de eletrônica de potência para acionamentos CA e CC.

Laboratório de
Alta Tensão
(Eng. Elétrica)

54,6

Gerador de impulsos para classe 34,5 kV, gerador de impulsos para classe 1 kV, medidor de descargas parciais, capacitores de acoplamento, transformador de alimentação.

Laboratório de Eletromagnetismo
(Eng. Elétrica)

37,1

8 bancadas, cada uma com osciloscópio de alta freqüência e gerador de sinal arbitrário.

Laboratório de Sistemas de Comunicação
(Eng. Elétrica)

37,1

8 bancadas, cada uma com analisador de modulação, analisador lógico digital; computadores de alto desempenho.

Laboratórios de uso compartilhado com outros cursos superiores

Laboratório de Informática
(Eng Elétrica, TGA, TSA)

54,6

12 computadores com instalação de linguagens de programação, editores de texto, planilhas de cálculo e Matlab.

Laboratório de Desenho Computacional
(Eng Elétrica, TGA, TSA)

54,6

12 computadores com instalação de SolidWorks e Autocad.

Laboratório de Robótica e Instrumentação Virtual
(Eng Elétrica, TGA, TSA)

54,6

10 computadores com instalação de linguagens de programação, editores de texto, planilhas de cálculo e Matlab; monitor LCD 40”.

Laboratório de Redes de Computadores
(Eng Elétrica, TSI)

38,0

16 computadores instalados em rede com softwares diversos.

Laboratórios de uso compartilhado com cursos técnicos

Laboratório de Microcontroladores I -
(Lab 9 – Setor de Eletrônica)

38,0

8 Kits para microcontroladores da Datapool, 8 microcomputadores Pentium I.

Laboratório de
Eletrônica Geral I
(Lab 10 – Setor de Eletrônica)

39,0

8 osciloscópios Minipa 1222 – dois canais, 8 fontes de alimentação Minipa Mpc303d, 8 geradores de funções Dawer 200d, 8 multímetros digitais Maxcom Mx-620, 8 matrizes de contatos para montagem.

Laboratório de
Eletrônica Digital I
(Lab 11 – Setor de Eletrônica)

39,0

8 Kits de Eletrônica Digital Datapool.

Laboratório de
Instrumentação II
(Setor de Eletrônica)

39,0

Osciloscópios digitais, fontes simétricas, geradores de sinais, multímetros digitais, microcomputadores, sensores diversos

Laboratório de
Máquinas Térmicas e Hidráulicas
(Setor de Eletromecânica)

120,0

Diversas bombas (centrífugas, helicoidais, engrenagens, axiais, etc), 1 instalação de bombeamento com instrumentação, 1 compressor alternativo Schultz – instalado, diversas válvulas de diversos tipos, diversos compressores – não instalados.

Laboratório de
Automação Hidráulica e Pneumática I
(Setor de Eletromecânica)

24,0

Software Automation Studio para projeto e simulação de Sistemas eletro-hidráulicos e eletropneumáticos; 02 bancadas de Eletropneumática composta por atuadores, válvulas pneumáticas e eletropneumáticas, sensores, botoeiras, relés, etc. marca Parker; 2 bancadas de eletro-hidráulica composta por atuadores, válvulas hidráulicas e eletro-hidráulicas, finais de curso, botoeiras marca Albarus; válvulas eletro-hidráulicas proporcionais marca Festo; 01 conjunto de componentes hidráulicos em acrílico transparente para demonstração de funcionamento de componentes hidráulicos; 1 conjunto de elementos pneumáticos e hidráulicos em corte; 1 quadro magnético com simbologia pneumática para construção de circuitos.

Laboratório de
Informática Industrial
(Setor de Eletromecânica)

47,0

Sistemas operacionais MS Windows e Linux com pacote Office; Softwares Scada de diferentes fornecedores; Softwares para programação de CP de diferentes modelos; Software Automations Studio para projeto e simulação de Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos; 01 um Módulo de Produção Festo-Didatic, composto por 4 estações: alimentação, teste, usinagem e armazenagem equipado com um Controlador Programável Atos composto por uma CPU, dois módulos 16E/16S digitais, 2 módulos de E/S analógico e um modulo de temperatura, 1 módulo para contador rápido e uma IHM; 3 controladores lógico programáveis marca Festo Modelo FS-101; 1 controlador programável marca Siemens, modelo LOGO; 1 controlador programável marca Siemens, modelo Simatic; 10 microcomputadores com periféricos.

Laboratório de
Instrumentação I
(Setor de Eletromecânica)

24,0

1 bancada de sensores de proximidade, com sensores indutivos, capacitivos, óticos e fibra ótica; 1 bomba comparativa de aferição de manômetros; 8 manômetros padrão; 1 planta didática para controle de nível (reservatórios, controlador, sensor ultrassônico, bomba, válvulas); 2 plantas didáticas para medição de pressão (mini compressor, reservatório de ar, sensor de pressão, válvula proporcional); 01 planta didática para medição de vazão (bomba, válvula proporcional, válvula solenóide, sensor de vazão, reservatórios); 1 osciloscópio; 1 multímetro digital; 2 fontes reguladoras de tensão contínua; 1 transmissor de pressão digital.

Laboratório de
Transformadores
(Setor de Eletromecânica)

50,0

8 transformadores trifásicos a seco didáticos 3kVA 380/220 V; 2 relés de gás Buchholz; 3 transformadores de corrente de média tensão; 2 transformadores de distribuição trifásicos em corte 75 kVA 13800 /220 V; 4 transformadores de distribuição monobucha em corte 1 kVA 7967/220 V; 1 medidor de rigidez dielétrica para óleo; 1 retificador monofásico 30 V /100 A; 1 máquina de bobinar pequenos transformadores; 1 disjuntor de média tensão; 1 chave fusível de média tensão; 3 pára-raios de distribuição de média tensão; 1 transformador didático de núcleo desmontável; 1 conjunto de instrumentos portáteis (multímetros, amperímetros de alicate, etc).

Laboratório de
Medidas Elétricas
(Setor de Eletrotécnica)

45,0

18 cossefímetros, 18 amperímetros CA 5A, 18 watímetros 1500 W, 18 voltímetros CA 500 V, 18 transformadores de corrente 50/5 A, 18 transformadores de corrente 100/5 A, 12 transformadores monofásicos 230/115 V, 14 varímetros 2400 Var, 46 medidores de energia elétrica, trifásicos e monofásicos, 7 watímetros 120 W, 4 cossefímetros, 14 watímetros 150 W, 4 freqüencímetros 55-60-65 Hz, 4 varímetros 1200 Var, 1 multiteste alicate, 18 varímetros 20 MVar, 2 armários.

Laboratório de
Eletrônica I
(Setor de Eletrotécnica)

45,0

7 bancadas, 3 osciloscópios 15MHz, 2 osciloscópios 10 MHz, 7 fontes estabilizadas 500 V / 2 A.

Laboratório de
Eletrônica II
(Setor de Eletrotécnica)

45,0

7 bancadas, 7 fontes estabilizadas, 7 modos de disparo, 7 kits para microcontroladores Datapool, 9 geradores de áudio, 3 geradores de funções, 10 osciloscópios 10 MHz, 2 fontes estabilizadas de baixa tensão 500 V / 2 A.

Laboratório de
Projetos Elétricos I
(Setor de Eletrotécnica)

50,0

16 mesas de desenho, 2 mapotecas, 1 armário.

Laboratório de
Projetos Elétricos II
(Setor de Eletrotécnica)

50,0

14 mesas de desenho, 2 mapotecas, 2 armários, 2 painéis de lâmpadas.

Laboratório de
Instalações Elétricas I
(Setor de Eletrotécnica)

55,0

4 bancadas, 8 amperímetros 10 A, 8 voltímetros 500 V, 12 motores de indução trifásicos e monofásicos, de ¼ a 1 CV.

Laboratório de
Instalações Elétricas II
(Setor de Eletrotécnica)

55,0

5 bancadas, 1 amperímetro 10 A, 1 voltímetro 150 V, 3 voltímetros 250 V, 5 voltímetros 500 V, 30 chaves contactoras, 5 relés de tempo, 2 quadros de comando WEG, 2 motores trifásicos

Laboratório de
Instalações Elétricas III
(Setor de Eletrotécnica)

55,0

1 bancada, 2 amperímetros 10 A, 2 voltímetros 500 V.

Laboratório de
Informática I
(Setor de Eletrotécnica)

50,0

8 microcomputadores AMD com periféricos.

Laboratório de
Informática II
(Setor de Eletrotécnica)

40,0

8 microcomputadores INTEL com periféricos.

Laboratório de
Eletromagnetismo
(Setor de Eletrotécnica)

50,0

5 bancadas, 6 voltímetros 100 V, 6 voltímetros 30 V, 6 voltímetros 60 V, 5 voltímetros 25 V, 1 voltímetro 60 V, 6 voltímetros 30 V, 4 amperímetros 10 A, 2 amperímetros 1 A, 5 amperímetros 10 mA, 1 amperímetro 600 mA, 3 amperímetros 300 mA, 2 amperímetros 250 mA, 3 Varivolt monofásicos, 1 fonte de alimentação 220 V, 5 multitestes, 1 osciloscópio 10 MHz, 6 transformadores 110/12 V, 6 A, 6 kits didáticos motor/gerador, 5 chaves inversoras, 5 suportes para pilhas, 4 bússolas, 1 microcomputador INTEL com periféricos.

Laboratório de
Automação Industrial
(Setor de Eletrotécnica)

42,0

2 bancadas didáticas com componentes pneumáticos, 2 bancadas didáticas com componentes eletropneumáticos, 2 controladores lógico programáveis FESTO, 1 braço de robô.

Laboratório de
Sistemas de Potência
(Setor de Eletrotécnica)

47,0

1 protótipo de caldeira industrial, 1 conjunto de simulador de usina hidrelétrica composto por 2 geradores síncronos, painéis de controle e relés de proteção, 1 quadro sistemático simulador de subestações, 1 simulador de operação de disjuntores para relés ASA 50/51 e 50/S/R, eletrônico e estático, Inepar, 3 microcomputadores com periféricos.

Laboratório de
Máquinas Elétricas I
(Setor de Eletrotécnica)

47,0

3 bancadas com voltímetros e amperímetros, 3 módulos didáticos com chave de acionamento, conversor de freqüência CFW07 (WEG), multi-medidor e dispositivo de proteção, 3 motores de indução trifásicos, com freio por corrente de Foucault, 1 TV 32” com conexão multimídia, 3 microcomputadores com periféricos.

Laboratório de
Máquinas Elétricas II
(Setor de Eletrotécnica)

45,0

4 bancadas, 4 voltímetros 500 V, 1 seqüencímetro, 1 painel de cargas elétricas, 3 amperímetros 1 A, 5 amperímetros 3 A, 3 tacômetros tipo estrosboscópio, 1 bancada didática composta por 1 máquina CC acoplada a 1 máquina síncrona com freio por corrente de Foucault, instrumentos de medição, 1 máquina CC acoplada a 1 motor de indução monofásico, 1 máquina CC acoplada a 1 motor de indução monofásico, 5 motores CC 1 CV, 9 motores de indução trifásicos e monofásicos de 0.3 a 0.6 CV.

Laboratório de
Máquinas Elétricas III
(Setor de Eletrotécnica)

45,0

14 transformadores trifásicos religáveis, 2 multitestes tipo alicate digitais, 3 multitestes analógicos, 9 multitestes digitais, 1 armário.

Laboratório de
Eletrônica Industrial I
(Lab 4 – Setor de Telecomunicações)

46,0

08 osciloscópios Minipa Mo – 1221, 08 Fontes Dawer 0-30V Fscc – 3002d, 08 geradores de funções – Labo, 08 matrizes de Contatos - Pl 553.

Laboratório de
Multiplexação
(Lab 7 – Setor de Telecomunicações)

46,0

Centrais telefônicas digitais (12 módulos ELO34, módulos MCP120, MCP30, 480, marcas Siemens e Ericsson) e multiplexadores Ethernet interligados por enlaces de fibras ópticas. Medidor de taxa de erro de bit HDB3, NRZ, etc, marca WG. Geradores, analisadores e medidores de taxa de erro de bit, PCM marcas WG e Anritsu.

6 Laboratórios de Física
(Setor de Física)

6 x 50,0

06 salas de aula-laboratório, com bancadas e armários contendo todos os equipamentos e dispositivos (kits da Leybold, Phywe) para realização de experimentos relacionados aos conteúdos de Física I, II e III, sendo uma delas equipada com 15 microcomputadores com acesso à Internet, TV 29“ , vídeo, retroprojetor, sistema CBL (03) e CBR (02) da Texas Instruments e sensores da Vernier acopláveis com sistema de projeção para experimentos demonstrativos.

4 Laboratórios de Química
(Setor de Química)

2 x 51,0
1 x 39,0
1 x 30,0

04 laboratórios com capela de exaustão de gases para realização de experimentos relacionados aos conteúdos de Química Geral, com bancadas para análise e almoxarifado contendo 2 fornos Mufla, 1 estufa de secagem e esterilização, 1 centrífuga, 1 fotômetro de chama para Na e K, 2 condutivímetros, 1 registrador de condutância, 2 espectrofotômetros, 1 fotocolorímetro, 2 peagâmetros analógicos, 1 titulador universal com registrador gráfico, 1 polarímetro, 1 condutivímetro digital, 1 cromatógrafo a gás CG-Master com registrador/Processador CG-300.

Outros Recursos
Biblioteca Central
É constituída de um prédio com dois andares. No pavimento térreo encontra-se o salão de leitura que compreende as salas de estudo em grupo e individual. No andar superior estão localizados: o acervo, setor de empréstimo, parte administrativa e técnica, sala do Diário Oficial da União. O acervo possui como sistema de classificação o CDD (Classificação Decimal Dewey), com catalogação baseada no CCAA2 (Código de Catalogação Anglo Americana – 2ª edição), enquanto que os periódicos são registrados em fichas kardex.
A Biblioteca possui os seguintes serviços: Consulta local (atendimento da comunidade escolar, pelotense e regional), Empréstimo domiciliar (exclusivo para usuários vinculados ao IFSul – professores, funcionários e alunos), Levantamento bibliográfico, COMUT, portal da CAPES e Orientação e normalização de trabalhos técnico-científicos.

A política para a renovação do acervo bibliográfico adotada pela Biblioteca Central prevê uma aquisição de títulos anualmente, a partir da demanda verificada junto aos diversos setores da Instituição.

5. Finalidades e Objetivos do Curso

O Curso de Engenharia Elétrica do IFSul tem por finalidade contribuir para o atendimento às demandas da sociedade, no nível de graduação, além de auxiliar para um efetivo desenvolvimento de sua região e do Brasil. Esta finalidade está embasada no oferecimento de um ensino de qualidade, pautado pela adoção dos valores democráticos como princípios fundamentais à educação, à produção de conhecimento, à ética, aos valores humanos, à cidadania e à luta contra a exclusão social. Estes aspectos serão consolidados através de ações que permitam uma integração efetiva entre o aluno do IFSul e a sociedade.

O objetivo do Curso é formar engenheiros eletricistas capacitados a atender às diferentes solicitações profissionais pertinentes, com uma visão crítica, criativa e inovadora, através de uma formação acadêmica com forte fundamentação científico-tecnológica. A formação será complementada por uma expressiva quantidade de atividades laboratoriais, com a inclusão de aspectos humanísticos e culturais, e consolidada através de ações que permitam uma integração efetiva entre o aluno/IFSul com a sociedade na qual estão inseridos, em seus aspectos locais, regionais, nacionais e internacionais.

6. O Perfil do Engenheiro que o Curso Quer Formar

O aluno egresso da EE do IFSul deverá ter um perfil profissional compreendendo uma sólida formação técnico-científica e profissional geral que o capacite a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística em atendimento às demandas da sociedade (Resolução CNE/CES 11, [2]). Em adição, os egressos deverão ter um perfil que inclua a capacidade de análise de problemas e síntese de soluções integrando conhecimentos multidisciplinares, de elaboração de projetos e proposição de soluções técnica e economicamente competitivas, e de comunicação e liderança para trabalho em equipes multidisciplinares (ENC, Exame Nacional de Cursos, [2]).
O aluno do Curso de Engenharia Elétrica do IFSul receberá ao longo de sua vida acadêmica uma formação generalista, a qual englobará de maneira equilibrada as principais áreas do IFSul afins com essa habilitação: Controle e Automação, Eletrônica, Eletrotécnica e Telecomunicações. Não obstante desta sólida formação básica, os alunos terão a oportunidade, em função de seu perfil individual, de efetuar a composição de um significativo conjunto de disciplinas eletivas, observada a necessária coerência dos assuntos nelas abordados.

Competências, Habilidades e Valores

O perfil desejado será resultante de uma formação pautada nas seguintes competências e habilidades gerais:
I - aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia;
II - projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia;
V - identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
VI - desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
VI - supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;
VII - avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
VIII - comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
IX - atuar em equipes multidisciplinares;
X - compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais;
XI - avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
XII - avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;
XIII - assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.
As competências e habilidades assinaladas serão desenvolvidas através de diversas atividades acadêmicas, sob o enfoque de flexibilização curricular, de acordo com os pressupostos metodológicos indicados pelo presente PPC.

Campo de Atuação

Os profissionais egressos do Curso atuarão como empregados, gestores ou autônomos, nos diversos campos de atuação profissional relacionados à Engenharia Elétrica. Citam-se como exemplos de atuação profissional:
a) INDÚSTRIAS: na operação, manutenção ou supervisão de sistemas ou processos industriais, bem como na manutenção das redes de distribuição de energia para a fábrica.
b) EMPRESAS DE GERAÇÂO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA: na operação, planejamento, projeto, manutenção e controle dos equipamentos ou sistemas de energia elétrica.
c) EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES: na operação, planejamento, projeto, manutenção e controle dos sistemas de telecomunicações (telefonia, televisão, Internet, etc).
d) EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS: no estudo de viabilidades, na manutenção, projetos e supervisão de sistemas de Engenharia Elétrica.
e) EMPRESAS DE CONSULTORIAS: realização de consultoria, assessoria, fiscalização, perícias, laudos técnicos, etc, na área de Engenharia Elétrica.
f) INSTITUIÇÕES DE ENSINO: no ensino de engenharia.
g) INSTITUIÇÕES DE PESQUISA: na pesquisa de novos produtos, ferramentas, processos ou tecnologias.
h) ÓRGÃOS REGULAMENTADORES: na fiscalização, perícia, avaliações e regulamentações de serviços, produtos ou processos na área de Engenharia Elétrica.
i) ÓRGÃOS PÚBLICOS: no planejamento, estudos, coordenação e gerenciamento de órgãos públicos.

Além destes campos, os egressos ainda podem optar pela continuação dos estudos em cursos de pós-graduação, visando sua atuação em Instituições de Ensino Superior.

7. Pressupostos Metodológicos do Curso

Para o alcance dos objetivos do Curso, a metodologia a ser utilizada está pautada nos paradigmas indicados no que segue, sendo temas de que se ocupam as universidades do mundo inteiro. A subjetividade presente em boa parte dos paradigmas apresentados requer um acompanhamento contínuo por parte de toda a comunidade acadêmica e sociedade em geral, cabendo ao Colegiado do Curso uma especial atenção para que haja uma efetiva implementação destes.

Interdisciplinaridade

Entende-se por interdisciplinaridade a integração de dois ou mais componentes curriculares na construção do conhecimento. A fragmentação dos conhecimentos, ocorrido com a revolução industrial e a necessidade de mão de obra especializada, influenciou diretamente os processos educacionais, dentre os quais encontra-se o da engenharia. O ensino clássico, baseado na fragmentação dos conhecimentos, acarreta na formação de um profissional com limitações no que tange à sua capacidade de percepção e de atuação no meio em que está inserido. O atual mercado de trabalho vem exigindo dos egressos a capacidade de busca de soluções otimizadas para os seus problemas, onde a criatividade é uma decorrência do entendimento de que cada fenômeno observado ou vivido está inserido numa rede de relações que lhe dá sentido e significado [4]. Com o processo de especialização do saber, a interdisciplinaridade mostrou-se como uma das respostas para os problemas provocados pela excessiva compartimentalização do conhecimento. Como resultados de um trabalho interdisciplinar, além da criatividade, destacam-se, entre outros, o aprendizado para o trabalho em equipe e as melhorias nos inter-relacionamentos pessoais.
O fomento à interdisciplinaridade na EE dar-se-á através de diversas iniciativas. Tais iniciativas serão verificadas tanto ao nível formal, através de atividades e disciplinas denominadas integradoras, como informal, através da integração induzida entre disciplinas de áreas diferentes.
A estrutura curricular contempla um conjunto de disciplinas integradoras, as quais deverão conter em suas metas de ensino o favorecimento ao desenvolvimento de trabalhos de integração de conteúdos e matérias ao longo da vida acadêmica dos graduandos. Além da atividade inerente de integração de conteúdos e matérias, caberá às disciplinas integradoras o estímulo à inclusão de problemas encontrados pela sociedade em geral (trabalhos de extensão), à utilização de elementos de metodologia científica (pesquisa como elemento de ensino), à capacidade de trabalho nas formas autônoma e em equipe, além do desenvolvimento das potencialidades de comunicação e expressão por parte dos alunos. As disciplinas integradoras têm, neste sentido, uma função de sistematização dos elementos indicados, servindo como elemento motivador e disseminador da idéia de interdisciplinaridade às demais disciplinas do Curso. A implementação das disciplinas integradoras vem de encontro às Diretrizes Curriculares Nacionais das Engenharias, que estabelecem a obrigatoriedade da existência de pelo menos uma atividade que envolva o trabalho de síntese e integração dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso.
Além da elaboração de regulamento específico para as disciplinas integradoras, compete ao Colegiado do Curso o fomento para que outras disciplinas adotem em sua metodologia de ensino a integração de conteúdos.

Relação Teoria-Prática

Torna-se necessário adotar ao longo de todas as disciplinas oferecidas pelo Curso uma forte relação da teoria com a prática. Entende-se que esta relação teoria-prática possa ser capaz de trazer consigo um incremento na motivação dos corpos docente e discente, podendo promover uma efetiva integração com o mercado de trabalho, além da problematização e da contextualização do ensino. Sempre que possível, as disciplinas deverão incluir em sua metodologia de ensino elementos práticos, os quais poderão ocorrer através do uso de laboratórios da instituição, ou mesmo através de atividades de extensão. Sugere-se, neste sentido, que as disciplinas, sempre que possível, adotem a idéia de laboratórios abertos, motivando o aluno à realização de práticas específicas em período extra-classe. As práticas a serem efetuadas poderão seguir um roteiro previamente elaborado pelo professor ou, ainda, ser resultantes da iniciativa criativa dos próprios alunos. Pretende-se com isto que o aluno passe a ser um elemento ativo neste procedimento, incorporando a integração teoria-prática no seu próprio processo de aprendizagem.

Pesquisa como Elemento Educativo

A nova ordem mundial, voltada para a globalização de mercados, com inovações tecnológicas sucedendo-se rapidamente, exige uma alteração no conceito de competência profissional. Assim, nos dias atuais, a capacidade intelectual deve sobrepor-se às habilidades operacionais. A formação profissional desejada neste contexto pode ser entendida como uma formação que alie a competência técnica em seu campo específico a uma visão relacional aberta para as circunstâncias que o cercam, vigilante para o real significado da sua atividade, em que o saber seja tratado tanto na sua amplitude quanto na sua complexidade [5].
A velocidade com que ocorrem as mudanças tecnológicas impõe ao ensino de graduação o desafio de buscar formas através das quais a teoria e a prática se encontrem de forma harmoniosa. Assim, toma-se por pressuposto que a formação, a prática profissional e a pesquisa, componham a base de uma profissão, devendo interagir constantemente [6]. Dessa forma, considera-se que a pesquisa seja um elemento capaz de permitir o repensar da prática profissional [7] em qualquer área do conhecimento, incluindo-se a da engenharia elétrica.
A pesquisa deverá ser incluída como um meio de ensino que permita a união do fazer com o teorizar, levando o aluno a observar, a refletir, a dialogar com a realidade e agir sobre ela, nas mais diversas atividades relacionadas ao Curso. Salienta-se que esta visão transcende à concepção usual de que a pesquisa seja utilizada apenas em atividades de iniciação científica, sendo aplicável como estratégia pedagógica para a competência profissional, em todos os níveis de atuação da EE. Não obstante desse fato, a Instituição adota uma política de fomento à iniciação científica, através do oferecimento de uma quota de Bolsas de Iniciação Científica com recursos próprios.

Problematização e Contextualização do Ensino

O ensino de engenharia não pode ser concebido a partir de um mero fornecimento de conteúdos embasadores, culminando com a aplicação destes em conteúdos específicos de uma determinada área. A visão da implementação de cursos de engenharia no IFSul passa, primordialmente, pela necessidade de contextualização do ensino ao meio que o cerca, permitindo a resolução de problemas específicos encontrados na sociedade em geral. Trata-se, assim, de um processo que impõe à função de Extensão uma visão mais ampla, em que ambas partes possuem ganhos na relação. Os efeitos no ensino são evidentes quando existe uma complementação aos instrumentos normalmente utilizados, trazendo consigo, entre outros, uma maior motivação para os estudos acadêmicos, além do cumprimento de um dos aspectos da função social a que destina a Instituição.
O alcance de um processo de ensino-aprendizagem problematizado e contextualizado deve ser uma meta de todas as disciplinas do Curso devendo ser, obrigatoriamente, alvo de uma ou mais das disciplinas integradoras de conteúdos a serem oferecidas aos alunos.

Integração com o Mercado de Trabalho

O ensino na EE deve ser caracterizado por um estreitamento de laços com o mercado de trabalho, de onde buscar-se-ão os subsídios necessários para uma contínua atualização de conteúdos, habilidades e competências desenvolvidos e repassados pelos corpos docente e discente do Curso. Salienta-se que o ensino de engenharia pretendido não será um mero repassador de conteúdos a partir das exigências do mercado de trabalho. Pelo contrário, deverá ter uma postura de vanguarda, propondo soluções que se façam necessárias na sociedade em geral, ou seja, enquanto curso de graduação deverá desenvolver novos conceitos e conhecimentos, contribuindo para o desenvolvimento sustentado da região na qual encontra-se inserido. Por outro lado, considera-se como elemento importantíssimo no processo de avaliação do Curso a realimentação a ser obtida com, por exemplo, as atividades de estágio curricular, além dos próprios alunos egressos inseridos no mercado de trabalho. Por fim, compete a cada disciplina do Curso a procura pelos meios adequados para uma efetiva integração com o mercado de trabalho, além da própria coordenação de curso, a qual deverá propiciar as condições mínimas para o fomento de tal integração.

Desenvolvimento de Habilidades para o Trabalho em Equipe

Uma das habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos da EE refere-se ao trabalho em equipe, preparando-os para que integrem no decorrer de sua atividade profissional equipes multidisciplinares de trabalho. Apesar dessas habilidades poderem ser trabalhadas em diversas disciplinas no decorrer do Curso, uma ênfase especial deverá ser dada nas disciplinas integradoras do mesmo.

Estímulo à Capacidade de Trabalho de Forma Autônoma e Empreendedora

Apesar do trabalho em equipe constituir-se em um ponto importante a ser explorado, os aspectos relacionados ao trabalho de forma autônoma também devem ser abordados no decorrer do Curso. Esta motivação para o trabalho de forma autônoma poderá culminar, inclusive, em atitudes empreendedoras, tais como aquelas exploradas em empresas juniores. O estímulo à capacidade de trabalho de forma autônoma deverá ser explorado de forma sistemática através das disciplinas integradoras do Curso, podendo estar relacionado a outras disciplinas, por iniciativa docente. Adicionalmente, o estímulo ao empreendedorismo dar-se-á através do oferecimento de disciplina específica que aborde os conteúdos necessários.

Flexibilidade Curricular

A Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9.394/96), seguindo a proposta de ampliação da autonomia universitária, determinou a flexibilização dos currículos dos cursos de graduação através da superação dos habituais currículos mínimos profissionalizantes. Nesse contexto, surgem as Diretrizes Curriculares Nacionais, que apresentam, entre outros objetivos, o de ajustar as instituições de Ensino Superior às mudanças tecnológicas e científicas e às recentes demandas da sociedade. A flexibilização curricular envolve a criação de um projeto pedagógico, como o aqui apresentado, baseado na interdisciplinaridade e na indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão, de acordo com os paradigmas indicados anteriormente.
A flexibilização da estrutura curricular adotada pelo presente projeto baseia-se nos seguintes aspectos:

  1. Desenvolvimento de um conjunto de projetos integradores de matérias/conteúdos no decorrer do curso.
  2. Desenvolvimento de atividades complementares.
  3. Oferecimento de uma quantidade expressiva de disciplinas eletivas.
  4. Possibilidade de agregar novas áreas de aprofundamento, desde que devidamente aprovadas pela Coordenação, ouvido o Colegiado do Curso, visando contemplar alunos que participem de programas de intercâmbio acadêmico com outras universidades, entre nacionais e estrangeiras.

A fim de servir como elemento facilitador do fluxo de disciplinas a serem tomadas por parte dos acadêmicos, o Curso indicará um conjunto de disciplinas, principalmente as relacionadas aos conteúdos curriculares básicos e profissionalizantes. Os conteúdos curriculares específicos serão atendidos, em sua maioria, por um conjunto de disciplinas eletivas. Tais disciplinas eletivas deverão ser tomadas pelos alunos do curso em função de seu perfil individual, sempre observada a necessária coerência dos assuntos nelas abordados. O acompanhamento das disciplinas cursadas pelos alunos caberá ao Colegiado do Curso, fortemente embasado pelo seu Programa de Tutoria Acadêmica.
Pretende-se que a flexibilização curricular atenda às necessidades e aos anseios individuais dos alunos, facilitando, aos que assim o desejarem, a realização de parte do seu curso em outra instituição de ensino, nacional ou estrangeira, com consignação de disciplinas em seu histórico escolar. Para este caso, será necessário que a instituição parceira possua convênio com o IFSul e o aluno esteja inserido em um programa oficial de mobilidade acadêmica, intercâmbio ou de dupla diplomação. Finalmente, exige-se que as disciplinas a serem aproveitadas tenham parecer favorável do Coordenador, após consultar o Colegiado de Curso.

Por fim, entende-se que a flexibilização curricular não implica em não definição de pré-requisitos. Somente é possível efetuar uma adequada distribuição das disciplinas em períodos letivos consecutivos se a relação de dependência de conteúdos ou a exigência de amadurecimento técnico estiverem claramente especificadas. Assim, a verificação de pré-requisitos em termos de disciplinas ou conteúdos programáticos deverá ser analisada em cada caso particular, principalmente se um conjunto das disciplinas cursadas não fazem parte daquelas ofertadas pela EE do IFSul.

8. Estrutura Curricular Adotada Pelo Curso

A estrutura curricular adotada baseia-se na idéia de flexibilização, com destaque especial para a interdisciplinaridade. Esta estrutura considera que os conteúdos curriculares estejam associados aos ciclos básico, profissionalizante e específico do Curso, em adição às atividades a serem desenvolvidas em estágio supervisionado e nas denominadas atividades complementares. As disciplinas integradoras, abordadas na Seção 0, serão computadas como parte integrante desses ciclos, dependendo da natureza dos conteúdos abordados nestas.
A integralização curricular de cada aluno, com o enfoque da flexibilização pretendida, dar-se-á através do cumprimento dos seguintes requisitos:

  1. Mínimo de 3.630 horas, subdivididas em 1.203 horas (33,1%), 957 horas (26,4%) e 1.470 horas (40,5%) nos ciclos básico, profissionalizante e específico do Curso, respectivamente, incluída a carga horária de 3 disciplinas integradoras de conteúdos e conhecimentos.
  2. Mínimo de 160 horas de estágios curriculares.
  3. Mínimo de 160 horas de atividades complementares.
  4. Elaboração de trabalhos integradores de conteúdos.
  5. Elaboração do Projeto de Fim de Curso.

O detalhamento das características necessárias para esta integralização encontra-se indicada no que segue.

Conteúdos Curriculares Básicos

As disciplinas que deverão ser cursadas relativamente ao núcleo de conteúdos básicos deverão contemplar os seguintes tópicos: Metodologia Científica e Tecnológica, Comunicação e Expressão, Informática, Expressão Gráfica, Matemática, Física, Fenômenos de Transporte, Mecânica dos Sólidos, Eletricidade Aplicada, Química, Ciência e Tecnologia dos Materiais, Administração, Economia, Ciências do Ambiente, Humanidades, Ciências Sociais e Cidadania [2].
O ciclo de conteúdos curriculares básicos deverá conter, pelo menos, uma disciplina integradora de conteúdos que abranja, no mínimo, um dentre os citados.

Conteúdos Curriculares Profissionalizantes

As disciplinas que serão cursadas relativamente ao núcleo de conteúdos profissionalizantes da Engenharia Elétrica deverão contemplar os seguintes tópicos: Circuitos Elétricos, Circuitos Lógicos, Controle de Sistemas Dinâmicos, Conversão de Energia, Eletromagnetismo, Eletrônica Analógica e Digital, Materiais Elétricos e Magnéticos e Métodos Numéricos.
Este ciclo deverá conter, pelo menos, uma disciplina integradora de conteúdos que abranja, no mínimo, um dentre os citados.

Conteúdos Curriculares Específicos

Fará parte do ciclo específico um conjunto de disciplinas que se constituirão em extensões e aprofundamentos dos conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes, bem como de outros que caracterizem a habilitação em Engenharia Elétrica. Estas disciplinas constituem-se em conhecimentos científicos, tecnológicos e instrumentais necessários para o desenvolvimento das competências e habilidades estabelecidas nestas diretrizes.
Dada a formação generalista em Engenharia Elétrica desejada por este projeto, os conteúdos curriculares específicos deverão contemplar assuntos relacionados a Automação Industrial, Eletrônica de Potência, Instalações Elétricas, Instrumentação, Ondas Eletromagnéticas, Princípios de Comunicação, Segurança e Saúde no Trabalho, Sistemas de Comunicação de Dados, Sistemas de Energia Elétrica e Sistemas Microprocessados.
Em relação à oferta de disciplinas eletivas dos conteúdos específicos, haverá a possibilidade de emissão de certificação adicional para os acadêmicos que seguirem um conjunto conexo de conhecimentos, de acordo com regulamentação específica.
Este ciclo deverá conter, pelo menos, uma disciplina integradora de conteúdos que abranja, no mínimo, um dentre os conteúdos mencionados.

Estágio Curricular

A realização de estágios é fundamental para a integração teoria-prática no Curso, podendo ser desenvolvidos em tempo parcial e em tempo integral. Os estágios são supervisionados e podem realizar-se em períodos de férias ou em períodos letivos regulares. Preferencialmente, a atividade Estágio deve ser realizada quando o aluno já contar com uma base sólida no campo do estágio, para um melhor aproveitamento. Isso, entretanto, não é impedimento para que os alunos possam desenvolver atividades práticas nos períodos iniciais do Curso. O contato direto com o mercado de trabalho é sempre recomendável e proveitoso para os alunos em qualquer momento do Curso.
A atuação do aluno como estagiário deverá obedecer aos preceitos legais vigentes. Neste sentido, o Curso deverá fornecer duas possibilidades para que o estágio seja computado como curricular: através de uma disciplina de estágio obrigatória e através de disciplinas de estágio optativas, as quais não computam créditos para a integralização da carga horária mínima. Em qualquer uma das hipóteses, os estágios deverão contar com a devida supervisão da Instituição, culminando com a apresentação de um relatório final por parte do aluno. Os relatórios finais deverão ser alvo de defesa dos alunos em um seminário semestral de estágios. Este seminário será um dos elementos de realimentação do Curso, servindo como avaliação das práticas e metodologias de ensino.
Um maior detalhamento de todos os aspectos relacionados aos tópicos delineados acima deverá constar em documento específico a respeito das normas de estágios curriculares, a ser elaborado pelo Colegiado do Curso.

Atividades Complementares

O processo de ensino não poderá estar restringido ao cumprimento de uma determinada quantidade de disciplinas, além do estágio curricular. Espera-se que o aluno seja um elemento ativo no seu processo de ensino, através da realização de atividades complementares, tais como trabalhos de iniciação científica, projetos multidisciplinares, visitas técnicas, trabalhos em equipe, desenvolvimento de protótipos, monitorias, participação em empresas juniores, entre outras.
Todas as atividades a serem consideradas como complementares deverão ser exclusivas, ou seja, não poderão ser computadas para outras finalidades dentro do Curso, tais como em disciplinas de projetos integradores.
As atividades complementares deverão ser regulamentadas através de documento específico, a ser elaborado pelo Colegiado do Curso.

Trabalho de Conclusão de Curso

O Trabalho de Conclusão de Curso é uma atividade didática obrigatória com o objetivo de sedimentar no aluno os conhecimentos obtidos ao longo do curso e desenvolver sua capacitação e auto-confiança na geração de soluções através da execução de um projeto teórico-prático a nível laboratorial ou industrial.
As atividades a serem desenvolvidas no Trabalho de Conclusão de Curso deverão ser regulamentadas através de documento específico, a ser elaborado pelo Colegiado do Curso.

Estrutura Curricular

O cumprimento da carga horária mínima do Curso dar-se-á através de disciplinas que abranjam os conteúdos relativos aos seus ciclos básico, profissionalizante e específico. Uma parcela dessas disciplinas é obrigatória, especialmente as relacionadas aos ciclos básico e profissionalizante. Em relação ao ciclo específico, no entanto, a fim de atender o pressuposto metodológico de flexibilização, disponibiliza-se um conjunto significativo de disciplinas eletivas a serem utilizadas pelos alunos para a integralização da carga horária mínima. Por fim, ainda existe a oferta de uma disciplina optativa, conforme Tabela 10.
As Tabelas 4 a 9 apresentam todas as disciplinas que atenderão ao Curso de EE.

Tabela 4. Disciplinas obrigatórias

Semestre

Disciplinas

C. H. (h.a.)

Pré-requisitos

1

Cálculo I

6

 

Elementos de Gestão Ambiental

2

 

Física I

6

 

Geometria Analítica

4

 

Introdução à Engenharia Elétrica

2

 

Química Geral

3

 

Segurança e Saúde no Trabalho

2

 

Total

25

 

2

Administração Aplicada à Engenharia

2

 

Álgebra Linear

4

Geometria Analítica

Cálculo II

6

Cálculo I e

 

 

Geometria Analítica

Estatística e Probabilidades

3

 

Física II

4

Cálculo I e

 

 

Física I

Desenho Técnico

3

 

Programação de Computadores I

3

 

Total

25

 

3

Cálculo III

4

Cálculo II

Circuitos Lógicos

3

15 créditos aprovados

Equações Diferenciais

3

Cálculo I

Física III

6

Cálculo II e

 

 

Física I

Metodologia Científica

2

15 créditos aprovados

Programação de Computadores II

4

Programação de Computadores I

Redes de Computadores I

3

15 créditos aprovados

Total

25

 

4

Cálculo Avançado

5

Cálculo I e
Álgebra Linear

Circuitos Elétricos I

3

Física III

Mecânica Vetorial

5

Álgebra Linear e

 

 

Cálculo II e

 

 

Física I

Métodos Numéricos

4

Álgebra Linear e

 

 

Equações Diferenciais e

 

 

Programação de Computadores I

Projeto Integrador I*

1

Metodologia Científica e

 

 

45 créditos aprovados

Sistemas Digitais

3

Circuitos Lógicos

Teoria Eletromagnética I

4

Cálculo III e

 

 

Física III

Total

25

 

5

Circuitos Elétricos II

5

Cálculo Avançado e

 

 

Circuitos Elétricos I

Fenômenos de Transporte

4

Equações Diferenciais e

 

 

Física II

Materiais Elétricos e Magnéticos

3

Física III

Sinais e Sistemas Lineares

6

Cálculo Avançado

Sistemas Microprocessados

3

Circuitos Lógicos

Teoria Eletromagnética II

4

Teoria Eletromagnética I

Total

25

 

6

Circuitos Elétricos III

4

Circuitos Elétricos II

Conversão de Energia

6

Circuitos Elétricos II e

 

 

Teoria Eletromagnética II

Eletrônica I

6

Circuitos Elétricos II e
Materiais Elétricos e Magnéticos

Ondas Eletromagnéticas

4

Equações Diferenciais e

 

 

Teoria Eletromagnética I

Princípios de Comunicação

4

Sinais e Sistemas Lineares

Projeto Integrador II*

1

Projeto Integrador I e

 

 

100 créditos aprovados

Total

25

 

7

Eletrônica de Potência I

3

Eletrônica I

Instrumentação

3

Eletrônica I e

 

 

Estatística e Probabilidades

Eletrônica II

4

Circuitos Elétricos III e

 

 

Eletrônica I e
Sinais e Sistemas Lineares

Sistemas de Controle

5

Eletrônica I e

 

 

Sinais e Sistemas Lineares

Sistemas de Energia

4

Conversão de Energia e

 

 

Fenômenos de Transporte

Total

19

 

8

Automação Industrial I

3

Instrumentação e

 

 

Programação de Computadores I

Automação Industrial II

3

Redes de Computadores I

Engenharia Econômica

2

 

Instalações Elétricas Prediais

4

Circuitos Elétricos II e

 

 

Desenho Técnico

Projeto Integrador III*

1

Projeto Integrador II e

 

 

125 créditos aprovados

Total

10

 

9

-----

 

 

-----

 

 

Total

0

 

10

Empreendedorismo

2

 

Estágio Supervisionado

0

 

Ética e Legislação Profissional

2

 

Projeto de Fim de Curso

0

Projeto Integrador III e

 

 

30 créditos de eletivas aprovados

Total

4

 

* As disciplinas Projeto Integrador I, II e III prevêem, cada uma, carga horária de trabalhos extra-classe de 4 h.a. semanais, conforme indicado na Tabela 13.


Tabela 5. Disciplinas eletivas – Generalistas


Disciplinas

C. H. (h.a.)

Pré-requisitos

Análise de Processos Estocásticos

3

Sinais e Sistemas Lineares

Computação Gráfica

3

Programação de Computadores I

Filtros

3

Sinais e Sistemas Lineares

Introdução à Visão Computacional

3

Processamento de Imagens Digitais

Processamento de Imagens Digitais

3

Sinais e Sistemas Lineares e
Programação de Computadores II

Processamento Digital de Sinais

3

Sinais e Sistemas Lineares

Recuperação de Informações Visuais

3

Processamento de Imagens Digitais

Redes Neurais e Sistemas Fuzzy

3

Programação de Computadores I

Sistemas Conexionistas

3

Redes Neurais e Sistemas Fuzzy

Tópicos Especiais em Engenharia Elétrica A

variável

variável

Tópicos Especiais em Engenharia Elétrica B

variável

variável

Tabela 6. Disciplinas eletivas – Área de Controle e Automação


Disciplinas

C. H. (h.a.)

Pré-requisitos

Automação Agroindustrial

3

Automação Industrial I

Automação Eletropneumática e Eletro-hidráulica

4

Fenômenos de Transporte e

 

 

Sistemas de Controle e

 

 

Automação Industrial I

Automação Predial

3

Automação Industrial I

Controle Adaptativo

3

Controle Não Linear

Controle de Robôs

3

Introdução à Robótica Industrial e
Controle Não Linear

Controle Multivariável

3

Sistemas de Controle

Controle Não Linear

4

Sistemas de Controle

Gerência da Produção

3

 

Informática Aplicada

3

Programação de Computadores II e

 

 

Redes de Computadores I

Introdução à Robótica Industrial

3

Mecânica Vetorial e
Programação de Computadores II

Projeto de Controladores

3

Sistemas de Controle e

 

 

Instrumentação

Sistemas Integrados de Manufatura

4

Automação Industrial I e

 

 

Gerência da Produção

Tópicos Especiais em Automação e Controle A

variável

variável

Tópicos Especiais em Automação e Controle B

variável

variável

Tópicos Especiais em Informática Industrial A

variável

variável

Tópicos Especiais em Informática Industrial B

variável

variável

Tabela 7. Disciplinas eletivas – Área de Eletrônica


Disciplinas

C. H. (h.a.)

Pré-requisitos

Arquitetura de Computadores

3

Sistemas Microprocessados

Eletrônica Avançada

4

Eletrônica II

Eletrônica de Alta Freqüência

4

Eletrônica II e

 

 

Ondas Eletromagnéticas

Eletrônica de Potência II

3

Eletrônica de Potência I

Física de Semicondutores

3

Materiais Elétricos e Magnéticos

Instrumentação Biomédica

4

Instrumentação

Instrumentação Industrial

4

Instrumentação

Microeletrônica Analógica

3

Eletrônica II

Microeletrônica Digital

3

Eletrônica II e

 

 

Sistemas Digitais

Prototipação e Teste de Sistemas Digitais

3

Sistemas Digitais

Prototipação e Teste de Sistemas Híbridos

3

Sistemas Digitais

Tópicos Especiais em Eletrônica A

variável

Variável

Tópicos Especiais em Eletrônica B

variável

Variável

Tabela 8. Disciplinas eletivas – Área de Eletrotécnica


Disciplinas

C. H. (h.a.)

Pré-requisitos

Acionamento de Máquinas Elétricas A

4

Dinâmica de Máquinas Elétricas e

 

 

Eletrônica de Potência I e

 

 

Sistemas de Controle

Acionamento de Máquinas Elétricas B

4

Dinâmica de Máquinas Elétricas e

 

 

Eletrônica de Potência I e

 

 

Sistemas de Controle

Análise de Sistemas de Energia A

5

Sistemas de Energia e

 

 

Métodos Numéricos e
Estatística e Probabilidades

Análise de Sistemas de Energia B

5

Dinâmica de Máquinas Elétricas e

 

 

Sistemas de Controle e

 

 

Sistemas de Energia e

 

 

Métodos Numéricos

Dinâmica de Máquinas Elétricas

3

Conversão de Energia

Distribuição de Energia

3

Sistemas de Energia

Geração de Energia Elétrica A

3

Sistemas de Energia

Geração de Energia Elétrica B

3

Sistemas de Energia

Instalações Elétricas Industriais

4

Instalações Elétricas Prediais

Projeto de Máquinas Elétricas

3

Conversão de Energia

Proteção de Sistemas Elétricos

3

Sistemas de Energia

Qualidade e Gerenciamento de Energia Elétrica

4

Transitórios Eletromagnéticos

Subestações

3

Sistemas de Energia

Técnicas de Alta Tensão

3

Circuitos Elétricos III e

 

 

Materiais Elétricos e Magnéticos

Técnicas de Manutenção

3

150 créditos aprovados

Tópicos Especiais em Eletrotécnica A

variável

variável

Tópicos Especiais em Eletrotécnica B

variável

variável

Transitórios Eletromagnéticos

3

Circuitos Elétricos III e

 

 

Sistemas de Energia

Tabela 9. Disciplinas eletivas – Área de Telecomunicações


Disciplinas

C. H. (h.a.)

Pré-requisitos

Antenas

3

Ondas Eletromagnéticas

Circuitos de Microondas

4

Ondas Eletromagnéticas e
Circuitos Elétricos III

Codificação e Compressão de Dados

3

Princípios de Comunicação

Comunicação Digital

3

Princípios de Comunicação

Comunicações Móveis

4

Radiopropagação e
Princípios de Comunicação

Comunicações Ópticas

4

Ondas Eletromagnéticas

Criptografia e Segurança de Dados

3

Programação de Computadores II

Dispositivos de Microondas

3

Ondas Eletromagnéticas e
Circuitos Elétricos III

Métodos Matemáticos em Eletromagnetismo

3

Teoria Eletromagnética II e

 

 

Métodos Numéricos e

 

 

Ondas Eletromagnéticas

Ondas Guiadas

3

Ondas Eletromagnéticas

Rádio e TV Digital

3

Codificação e Compressão de Dados e

 

 

Comunicação Digital

Radiopropagação

3

Ondas Eletromagnéticas

Redes de Computadores II

3

Redes de Computadores I

Redes de Faixa Larga

3

Sistemas de Comunicação de Dados

Sistemas de Comunicação de Dados

4

Estatística e Probabilidades e
Redes de Computadores I

Telefonia Digital

4

Princípios de Comunicação

Tópicos Especiais em Telecomunicações A

variável

variável

Tópicos Especiais em Telecomunicações B

variável

variável

Tabela 10. Disciplinas optativas


Disciplinas

C. H. (h.a.)

Pré-requisitos

Língua Brasileira de Sinais

4

 

Referências Bibliográficas

[1] Documento Síntese, Seminário Internacional Universidade XXI – Novos Caminhos para a Educação Superior: o Futuro em Debate, Brasília, D.F., Nov 2003, disponível em http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos .
[2] BRASIL, Resolução CNE/CES 11, de 11/03/02.
[3] BRASIL, Portaria 338, de 04/03/99, em Diário Oficial da União, de 05/03/99.
[4] Interdisciplinaridade - Fundação Darcy Ribeiro, CRE – Centro de Referência em Educação Mário Covas, disponível em http://www.crmariocovas.sp.gov.br .
[5] Greco, Milton. A pesquisa educacional na perspectiva da produção de um saber plural. R. Educ. e Ens.-USF, Bragança Paulista, 1 (1): 85-101, mar./ago. 1996.
[6] Müeller, Suzana P. Reflexões sobre a formação profissional para biblioteconomia e sua relação com as demais profissões da informação. Trans-in-formação, Campinas, 1 (2): 175-185, maio/ago. 1989.
[7] Lüdcke, Menga. A Pesquisa na formação do professor. In:Fazenda, Ivani C. A. (org). A Pesquisa em educação e as transformações do conhecimento. Campinas: Papirus, 1995.