Artigo científico
A A A
imprimir

Elementos do artigo científico

a) Título e subtítulo (se houver)

X

Em determinadas áreas, aceitam-se, inclusive, títulos “poéticos”. Mas não se pode deixar de manter a ligação entre o título e o texto, uma vez que um título deve indicar o assunto que lhe segue ou, em outras palavras, deve encerrar a idéia central do texto, mesmo que metaforicamente.

b) Autor e breve currículo

X

Geralmente, ao lado do nome do autor ou em nota de rodapé, coloca-se sua titulação, instituição de origem e e-mail.

c) Agradecimentos

X

Geralmente, colocam-se agradecimentos às instituições de origem e às agências fomentadoras de pesquisa, pela concessão de bolsa de estudos, por exemplo. Esses agradecimentos costumam ser indicados em notas de rodapé ou como último item do artigo.

d) Resumo em língua vernácula

X

Segundo a ABNT, NBR 6028/2003, o resumo é a “apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento” e, após o título, deve:

a) ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento.

b) ser composto de uma seqüência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos.

É recomendado o uso de parágrafo único.

Quanto à organização do conteúdo:

a) a primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação etc.).

c) devem-se evitar símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente necessários; quando seu emprego for imprescindível, deve-se defini-los na primeira vez em que aparecerem.

d) como último elemento do resumo em língua vernácula, figuram as palavras-chave em língua vernácula. Elas indicam os termos recorrentes que sintetizam o assunto do Artigo. Localizam-se abaixo do resumo, são precedidas pela expressão “Palavras-chave”, seguida de dois pontos; são separadas entre si por ponto e devem sintetizar o assunto do artigo (NBR 6028/2003). Alguns periódicos utilizam a expressão “Unitermos”, em vez de “palavras-chave”. Em síntese, elas referem-se a termos recorrentes no artigo.

Os periódicos costumam indicar o número de palavras-chave a ser colocado, mas, geralmente, giram em torno de três a cinco palavras.

Quanto à extensão, os Artigos devem conter, tratando-se de artigos de periódicos, entre 100 e 250 palavras.

OBS.: Geralmente, o resumo é digitado em fone 10 e espaço simples, sem entrada de parágrafo.

Certa vez, ouvi a explicação sobre resumo que havia sido dada a um amigo. Alguém disse a ele que a redação de um bom resumo dependia da utilização da “técnica do biquíni”. Isso significa, segundo me confiou esse amigo, que o texto do resumo deve ser o menor possível, mas conter as partes essenciais. Convenhamos, faz sentido.

Vejam o exemplo :

X

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A EDUCAÇÃO PARA AS MÍDIAS

RESUMO

O presente artigo discute a relação entre o professor e as novas tecnologias, elencando questões sobre resistências diante do uso e inovação conservadora. As discussões perpassam a necessidade de investimento na formação inicial e contínua, que podem contribuir para a implementação dos projetos que visam à utilização de novas tecnologias. Apresenta-se a pesquisa colaborativa como uma possível solução para efetivar mudanças significativas quanto ao uso das tecnologias, contribuindo para a formação do “educomunicador”.

Palavras-chave: Professor, Formação, Pesquisa colaborativa, Inovação conservadora, Novas tecnologias.

GUIMARÃES, S. D. A formação do professor e a educação para as mídias. Colabor@ - Revista Digital da CVA-Ricesu. Vol. 2, nº 7, maio, 2004.

e) Introdução

X

Na introdução, conforme vimos na Etapa 3, vocês devem, de maneira sucinta, apresentar o conteúdo do trabalho. Assim, nela, em um texto fluido, devem constar informações que vocês podem resgatar de seus projetos como o ponto de vista sob o qual o assunto foi abordado, a justificativa, o problema de pesquisa, a hipótese de trabalho, as teorias que embasam as reflexões e discussões, os objetivos e as conclusões. Essas últimas não aparecem na íntegra, mas apenas são apontadas, de forma a permitir que os interlocutores de vocês (os leitores de seus trabalhos) antevejam aonde chegaram com suas pesquisas.

Além disso, ela deve revelar a localização de seus trabalhos no espaço e no tempo, bem como possíveis contribuições esperadas.

Lembrem-se: a introdução não deve conter citações, uma vez que corresponde à apresentação do trabalho do próprio autor e, por isso, não há razão para tomar por empréstimo a voz de outros. Apesar disso, alguns periódicos indicam que, na introdução, seja exposta a fundamentação teórica, o que implica a utilização de citações.

f) Desenvolvimento:

X

É a parte principal e mais extensa do trabalho, em que devem ser expostas e discutidas as teorias que foram utilizadas para entender e esclarecer o problema. Além disso, é evidenciado o caminho adotado na investigação, esclarecendo-se o tipo de pesquisa realizado e de dados analisados e como foi realizada a abordagem, tratamento, análise e interpretação dos dados. Sendo assim, esta parte do trabalho divide-se em três seções: Fundamentação Teórica , Material e Métodos e Resultados e discussão, que podem ser subdivididas em subseções (NBR- 6024/2003).

X

A fundamentação teórica em qualquer trabalho científico deve enfocar conteúdos de obras de autores que realizaram trabalhos na área pesquisada. Essa seção é muito importante, porque as idéias nela contidas servirão de base para a discussão dos resultados.

As teorias devem ser apresentadas e relacionadas com a dúvida investigada, ou seja, com o problema de pesquisa. Assim, apresentam-se os argumentos teóricos e/ou resultados de pesquisas, com o objetivo de evidenciar as contribuições relacionadas ao tema abordado.

Os argumentos devem ser expostos de forma explicativa ou demonstrativa, explanando teoricamente o objeto de estudo e a necessidade de se realizar o trabalho ou perspectivas que a pesquisa ora realizada propiciou.

Lembrem-se, as citações são utilizadas para conferir credibilidade ao trabalho, prover informações sobre trabalhos já realizados comparar pontos de vista, sejam semelhantes ou divergentes, sobre o assunto ou o objeto da pesquisa. Complementem, explicam, exemplificam, reforçam, enfim, servem de suporte para a argumentação.

X

Esta é a primeira seção do desenvolvimento. Tratando-se de pesquisas bibliográficas, essa parte é suprimida, porque há uma metodologia única e conhecida para esse tipo de pesquisa. Sendo assim, após a introdução, em que o tipo de pesquisa é especificado, o assunto é dividido em capítulos com seus títulos e subtítulos (tratando-se de uma monografia). Após a introdução, no caso da redação de um artigo, o assunto é dividido em títulos e subtítulos, numa seqüência capaz de evidenciar os argumentos que levarão às conclusões.

Quanto aos outros tipos de pesquisa, no tópico “Material e Métodos”, descreve-se, pormenorizadamente, o que, o como, o onde, o quando e os instrumentos e/ou técnicas de pesquisa. Nesse espaço, é necessário explicitar qual o tipo de dado com que trabalharam, quais foram os procedimentos adotados para a coleta, que instrumentos e/ou técnicas foram utilizados e como os dados foram tratados.

Se utilizaram a entrevista ou outro instrumento desse tipo como instrumento de coleta de dados, deverão explicitar, nesta seção como realizaram a análise de conteúdo. Uma das possibilidades é a categorização. Um exemplo, em branco, desse tipo de instrumento e/ou técnica de pesquisa deverá constar nos apêndices.

Resumidamente, esta seção representa um breve relato da operacionalização da pesquisa, de maneira que um outro pesquisador possa reproduzi-la, seguindo os mesmos passos. Não esqueçam de utilizar os verbos no passado.

X

Nesta seção, consta a apresentação dos dados (sob forma de gráficos, tabelas ou outros meios compatíveis com o tipo de dado da pesquisa) e o tipo de tratamento e análise que sofreram. Além disso, procede-se à interpretação e discussão desses resultados à luz da teoria. Isso evidencia o cuidado que se deve ter ao eleger os autores que tomarão parte na Fundamentação Teórica, pois é com eles que a discussão se dará.

Resumidamente, conforme Minayo (2007), a análise passa pela ordenação dos dados que são transcritos e mapeados. Após, eles são estudados para identificar os núcleos de sentido, a fim de que possam ser categorizados por meio da observação de convergências e divergências . Finalmente, procede-se à análise, articulando-se os dados, os referenciais teóricos e os objetivos.

Ainda com relação à análise, os dados podem ser tratados de forma quantitativa, através da utilização de procedimentos estatísticos, e de forma qualitativa, codificando-os, apresentando-os de forma mais estruturada e analisando-os, posteriormente.

A coleta de dados estatísticos tem crescido muito nos últimos anos em todas as áreas de pesquisa, especialmente com o advento dos computadores e surgimento de softwares cada vez mais sofisticados. Ao mesmo tempo, olhar uma extensa listagem de dados coletados não permite obter praticamente nenhuma conclusão, especialmente para grandes conjuntos de dados, com muitas características sendo investigadas.

Utilizamos métodos de Estatística Descritiva para organizar, resumir e descrever os aspectos importantes de um conjunto de características observadas ou comparar tais características entre dois ou mais conjuntos.

As ferramentas descritivas são os muitos tipos de gráficos e tabelas e também medidas de síntese como porcentagens, índices e médias.

Ao se condensar os dados, perde-se informação, pois não se têm as observações originais. Entretanto, esta perda de informação é pequena se comparada ao ganho que se tem com a clareza da interpretação proporcionada.

A descrição dos dados também tem como objetivo identificar anomalias, até mesmo resultante do registro incorreto de valores, e dados dispersos, aqueles que não seguem a tendência geral do restante do conjunto. Não só nos artigos técnicos direcionados para pesquisadores, mas também nos artigos de jornais e revistas escritos para o público leigo, é cada vez mais freqüente a utilização destes recursos de descrição para complementar a apresentação de um fato, justificar ou referendar um argumento (REIS; REIS, 2001).

Os dados devem ser, então, organizados, agrupados e apresentados. Essa apresentação poderá ocorrer sob forma de ilustrações diversas, dependendo de cada caso em particular. Para relembrar esse assunto acesse o conteúdo do Módulo de “Mapas, gráficos e tabelas”.

De qualquer modo, cabem, neste espaço, algumas considerações quanto a esse assunto.

São considerados ilustrações os desenhos, as fotografias, os organogramas, os esquemas, as tabelas, os quadros, os gráficos e afins. Excetuando-se tabelas, quadros e gráficos, os outras podem ser sinalizadas no texto ou entre parêntese no final da frase. Abaixo de cada uma delas deve ser referenciado o autor, mesmo que a ilustração seja criada pelo próprio sujeito que está elaborando o trabalho. Nesse caso, coloca-se ”Fonte: do autor” (sem aspas).

Na parte inferior da ilustração, junto à margem esquerda, aparece sua identificação e o algarismo arábico designativo da ordem em que a ilustração aparece no texto, seguido de dois pontos, após os quais, coloca-se o título e/ou a legenda explicativa, em letra menor que a utilizada na ilustração, de forma breve e clara, dispensando consulta ao texto e da fonte. (NBR 14724:2002).

Se a identificação da ilustração ocupar mais de uma linha, deve-se utilizar espaço simples.

Quando as ilustrações não forem criação do autor, acrescenta-se a expressão “Fonte”, seguida de dois pontos e da referência correspondente.

O tipo da variável irá indicar a melhor forma para o dado ser apresentado e a análise estatística mais adequada.

Portanto, existem ferramentas - tabelas e gráficos - mais apropriados para cada tipo de dados. Acesse o site http://www.leg.ufpr.br/~silvia/CE055/node9.html e veja qual a melhora maneira de apresentar os dados de suas pesquisas.

Se restar alguma dúvida quanto a este assunto, consultem o site do IBGE: http://www.ibge.gov.br/confest_e_confege/normas.htm.

Após o tratamento e análise dos dados, procede-se à interpretação dos resultados, contando, geralmente, com os conhecidos métodos indutivo e dedutivo e as inferências (Köche, 2001), conforme foi evidenciado na Etapa 3, deste Módulo.

Depois de apresentar e analisar os dados, é preciso gerar uma discussão à luz da teoria que embasou o trabalho. Para discutir os resultados, é indispensável promover uma confrontação entre o referencial teórico e os resultados obtidos, a fim de produzir significado, tendo em vista chegar às conclusões.

Dependendo do tipo de pesquisa realizado, essa seção pode sofrer variação.

Que fique claro, não há uma seção, cujo titulo seja “desenvolvimento”. Essa parte começa diretamente na seção “Material e Métodos”.

g) Conclusões

X

Todo o trabalho esteve voltado para responder às questões iniciais elencadas no projeto de pesquisa. Ao final da investigação, isso se fará nas conclusões que devem ser breves e responder às questões da pesquisa, correspondendo, portanto, aos objetivos e hipóteses.

Ao fazer a conclusão deve-se ter o cuidado de nunca extrapolar, isto é, ir além dos resultados do desenvolvimento. “O resultado final deve ser decorrência natural do que já foi demonstrado (KÖCHE, 2001, p. 147).

Não se deve, portanto, incluir dados novos, que já não tenham sido apresentados anteriormente. Tampouco são introduzidas informações novas ou utilizadas citações. Somente a voz do autor da pesquisa deve ser usada nessa seção.

Para chegar a elas, é preciso perceber a novidade, fruto da discussão dos resultados. Para isso, é necessário fazer alguns questionamentos. É indispensável perscrutar, nas relações identificadas entre os dados e entre eles e a teoria, se há algum elemento desconhecido (o antecedente; o tipo de relação encontrada; o conseqüente; a condição contextual). É o momento de indagar se o conhecimento trazido pela pesquisa pode ser generalizado. É hora de verificar a possibilidade de sugerir a adoção de alguma atitude a partir do conhecimento que produziram. Finalmente, devem recomendar aplicações e/ou novos estudos, a partir dos resultados a que chegaram, tendo em vista os limites e insuficiências que perceberem em suas próprias pesquisas e a impossibilidade de se esgotar em tema em uma única investigação. Além disso, se o estudo permitir, deve-se apontar relações do assunto com outras áreas do conhecimento.

Embora a estrutura do artigo científico conte com introdução, desenvolvimento e conclusão, também é adotada, em lugar da conclusão, a expressão “considerações finais”. Isso é decorrência do avanço científico que demonstrou que, em tese, nada é conclusivo de fato.

Não há impedimento quanto ao uso da expressão “conclusão(ões)”, porque, de qualquer modo, essa parte do trabalho científico, em síntese, retrata o “lugar” a que o pesquisador chegou, ou seja, a conclusão de seu trabalho..

Finalmente, aponte os possíveis impactos –social, político, econômico, etc. – gerados pela adoção de suas sugestões e recomendações.

h) Limitações do Método

X

Nessa seção, apontam-se as limitações de qualquer ordem. Entre outras possibilidades, os pesquisadores explicitam aquelas que se referem ao método adotado, evidenciando, por exemplo, que os resultados limitam-se à população pesquisada e que, por isso, as generalizações não garantem que o efeito observado possa ser reproduzido em outro grupo de análise.

i) Notas Explicativas

X

Se houver necessidade das notas explicativas, elas devem ser numeradas em ordem cronológica (algarismos arábicos).

j) Apêndices

X

Elemento opcional. “Texto ou documento elaborado pelo autor que complementam o texto principal.” (NBR- 14724, 2002, p. 2). Para maiores explicações, retornem à Etapa 3 deste Módulo.

k) Anexos

X

Elemento opcional. “Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração.” (NBR-14724, 2002, p. 2). Para maiores explicações, retornem à Etapa 3 deste Módulo.

l) Referências

X

Elemento obrigatório. Lista ordenada, em ordem alfabética, dos documentos efetivamente citados no texto, alinhadas somente à margem esquerda (NBR-6023, 2000). Para maiores explicações, retornem à Etapa 3 deste Módulo.

m) Resumo em Língua Estrangeira

X

Conforme a NBR 6028/2003), o título em língua estrangeira precede o resumo língua estrangeira e, se houver um sub-título, este deve aparecer diferenciado tipograficamente ou separado por dois-pontos (:) do título.

É a tradução do resumo em língua vernácula, mantendo as mesmas características (“Abstract” em inglês, “Resumen” em espanho, “Résumé” em francês).

Esse resumo deve ser seguido pelas palavras-chave em língua estrangeira, que são uma versão das palavras-chave da texto em língua vernácula (“keywords”ou”uniterm”, em inglês, “palabras claves” em espanhol, “mots-clés” em francês).

Vejam o exemplo:

X

THE TEACHER’S FORMATION AND THE EDUCATION FOR THE MEDIAS

ABSTRACT

This present article propose to discuss the relationship between the teacher and the new technologies, listing questions about resistences due to the use and conservative innovation. The discussions pass by the need of investment in the initial and continuous formation, that can contribute to the implementation of the projects that seek the use of the new technologies. We present the colaborative research as a possible solution to execute significant changes through of the use of technologies, contributing to the formation of the educomunicator.

Key-words: Teacher, Formation, Colaborative research, Conservative innovation, New technologies.

GUIMARÃES, S. D. A formação do professor e a educação para as mídias. Colabor@ - Revista Digital da CVA-Ricesu. Vol. 2, nº 7, maio, 2004.


Dicas importantes:

1) De acordo com a ABNT, NBR 15287/2005, Para facilitar a leitura das equações e fórmulas, elas devem ser destacadas no texto e, se necessário, numeradas com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita. Na seqüência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte seus elementos (expoentes, índices e outros).

Exemplos:

x2 + y2 = z2 …(1)
(x2 + y2)/5 = n …(2)

2) Não deixem o título de uma seção isolado no final de uma página. Coloquem-no na página seguinte, junto ao texto que lhe segue.

3) Em nomes científicos, expressões latinas ou estrangeiras em geral, utilizem o itálico.

4) As abreviaturas e siglas, quando aparecem pela primeira vez no texto, devem ter os nomes colocados por extenso, acrescentando-se a abreviatura ou a sigla. Após, utiliza-se apenas a sigla.

5) É possível que a revista a que vão submeter seus trabalhos opte pelo sistema numérico de referências. Nesse caso, a indicação da fonte é feita por uma numeração única e consecutiva, em algarismos arábicos, remetendo a lista de referências ao final do trabalho, na mesma ordem em que aparecem no texto. Esse sistema não deve ser utilizado, quando há notas de rodapé.

Um alerta!

O texto que escreverem será a única forma de contato que terão com seus interlocutores que, ao realizarem uma leitura crítica, serão capazes de perceber imperfeições, incoerências, impropriedades em geral. Esses problemas referem-se à má utilização da linguagem, inferências inadequadas, apresentação deficiente, conclusões impróprias, entre outros fatores.

Por isso, além de obedecerem às normas adotadas pela revista a que irão submeter seus artigos, devem enviá-los à revisão de linguagem, tendo em vista que um autor, por encontrar-se muito enfronhado com o conteúdo de seu trabalho é, muitas vezes, incapaz de perceber equívocos redacionais.

JULGAMENTO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

É importante conhecer os aspectos levados em consideração no julgamento de trabalhos científicos pelas bancas de avaliação.

Dentre esses aspectos, destacam-se a importância de que os trabalhos sejam enquadrados em algum marco teórico e apresentem relevância científica e social, ou seja, estejam inseridos num quadro teórico em que fiquem evidentes sua contribuição ao conhecimento já disponível e a opção por temas engajados na prática social. Há também uma cobrança para que as pesquisas tenham um objeto bem definido, que os objetivos ou questões sejam claramente formulados, que a metodologia seja adequada aos objetivos e os procedimentos metodológicos estejam suficientemente descritos e justificados. A análise dos dados, feita pelo pesquisador, deve ser densa, fundamentada, trazendo as evidências ou as provas das afirmações e conclusões e deve ficar evidente o que o estudo acrescentou ao já conhecido ou sabido (ANDRÉ, 2001).

Além disso, quem julga um trabalho científico verifica se o título é adequado ao conteúdo; se estão presentes todas as partes constituintes do tipo de texto adotado; se o resumo traduz o conteúdo; se a introdução contém os aspectos relevantes da pesquisa, apresentando o contexto onde o trabalho se insere; se o desenvolvimento está bem organizado; se as conclusões representam contribuição para a área; se a revisão bibliográfica é pertinente e se a linguagem é adequada.