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Nesta seção, consta a apresentação dos dados (sob forma de gráficos, tabelas ou outros meios compatíveis com o tipo de dado da pesquisa) e o tipo de tratamento e análise que sofreram. Além disso, procede-se à interpretação e discussão desses resultados à luz da teoria. Isso evidencia o cuidado que se deve ter ao eleger os autores que tomarão parte na Fundamentação Teórica, pois é com eles que a discussão se dará.
Resumidamente, conforme Minayo (2007), a análise passa pela ordenação dos dados que são transcritos e mapeados. Após, eles são estudados para identificar os núcleos de sentido, a fim de que possam ser categorizados por meio da observação de convergências e divergências . Finalmente, procede-se à análise, articulando-se os dados, os referenciais teóricos e os objetivos.
Ainda com relação à análise, os dados podem ser tratados de forma quantitativa, através da utilização de procedimentos estatísticos, e de forma qualitativa, codificando-os, apresentando-os de forma mais estruturada e analisando-os, posteriormente.
A coleta de dados estatísticos tem crescido muito nos últimos anos em todas as áreas de pesquisa, especialmente com o advento dos computadores e surgimento de softwares cada vez mais sofisticados. Ao mesmo tempo, olhar uma extensa listagem de dados coletados não permite obter praticamente nenhuma conclusão, especialmente para grandes conjuntos de dados, com muitas características sendo investigadas.
Utilizamos métodos de Estatística Descritiva para organizar, resumir e descrever os aspectos importantes de um conjunto de características observadas ou comparar tais características entre dois ou mais conjuntos.
As ferramentas descritivas são os muitos tipos de gráficos e tabelas e também medidas de síntese como porcentagens, índices e médias.
Ao se condensar os dados, perde-se informação, pois não se têm as observações originais. Entretanto, esta perda de informação é pequena se comparada ao ganho que se tem com a clareza da interpretação proporcionada.
A descrição dos dados também tem como objetivo identificar anomalias, até mesmo resultante do registro incorreto de valores, e dados dispersos, aqueles que não seguem a tendência geral do restante do conjunto. Não só nos artigos técnicos direcionados para pesquisadores, mas também nos artigos de jornais e revistas escritos para o público leigo, é cada vez mais freqüente a utilização destes recursos de descrição para complementar a apresentação de um fato, justificar ou referendar um argumento (REIS; REIS, 2001).
Os dados devem ser, então, organizados, agrupados e apresentados. Essa apresentação poderá ocorrer sob forma de ilustrações diversas, dependendo de cada caso em particular. Para relembrar esse assunto acesse o conteúdo do Módulo de
“Mapas, gráficos e tabelas”.
De qualquer modo, cabem, neste espaço, algumas considerações quanto a esse assunto.
São considerados ilustrações os desenhos, as fotografias, os organogramas, os esquemas, as tabelas, os quadros, os gráficos e afins. Excetuando-se tabelas, quadros e gráficos, os outras podem ser sinalizadas no texto ou entre parêntese no final da frase. Abaixo de cada uma delas deve ser referenciado o autor, mesmo que a ilustração seja criada pelo próprio sujeito que está elaborando o trabalho. Nesse caso, coloca-se ”Fonte: do autor” (sem aspas).
Na parte inferior da ilustração, junto à margem esquerda, aparece sua identificação e o algarismo arábico designativo da ordem em que a ilustração aparece no texto, seguido de dois pontos, após os quais, coloca-se o título e/ou a legenda explicativa, em letra menor que a utilizada na ilustração, de forma breve e clara, dispensando consulta ao texto e da fonte. (NBR 14724:2002).
Se a identificação da ilustração ocupar mais de uma linha, deve-se utilizar
espaço simples.
Quando as ilustrações não forem criação do autor, acrescenta-se a expressão “Fonte”, seguida de dois pontos e da referência correspondente.
O tipo da variável irá indicar a melhor forma para o dado ser apresentado e a análise estatística mais adequada.
Portanto, existem ferramentas - tabelas e gráficos - mais apropriados para cada tipo de dados. Acesse o site
http://www.leg.ufpr.br/~silvia/CE055/node9.html e veja qual a melhora maneira de apresentar os dados de suas pesquisas.
Se restar alguma dúvida quanto a este assunto, consultem o site do IBGE:
http://www.ibge.gov.br/confest_e_confege/normas.htm.
Após o tratamento e análise dos dados, procede-se à interpretação dos resultados, contando, geralmente, com os conhecidos métodos indutivo e dedutivo e as inferências (Köche, 2001), conforme foi evidenciado na Etapa 3, deste Módulo.
Depois de apresentar e analisar os dados, é preciso gerar uma discussão à luz da teoria que embasou o trabalho. Para discutir os resultados, é indispensável promover uma confrontação entre o referencial teórico e os resultados obtidos, a fim de produzir significado, tendo em vista chegar às conclusões.